Nenê explica mudança de Aguirre que o fez jogar melhor no São Paulo

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Apesar da eliminação no Campeonato Paulista e da derrota para o Atlético-PR na abertura da quarta fase da Copa do Brasil, o São Paulo vê algumas razões de otimismo para a sequência da temporada, e uma delas é o desempenho de Nenê. Autor do gol sobre o Corinthians na semifinal do estadual, o veterano de 36 anos explicou, em entrevista ao Seleção SporTV, na concentração da equipe na Argentina, a principal razão de sua evolução.

Com Diego Aguirre, técnico uruguaio que treinará o Tricolor pela sexta vez nesta quinta-feira, diante do Rosário Central, pela Sul-Americana, Nenê joga mais centralizado. Antes, sob comando de Dorival Júnior, ele atuava pela ponta, o que o obrigava a marcar os laterais adversários sem a bola.

– Com o Dorival eu estava jogando numa posição mais fixa pela ponta e tinha que voltar muito com os laterais, eles são uma fumaça do caramba (risos). Eu tinha que voltar muito. Não é que eu não conseguisse, mas para atacar eu não tinha a mesma força. Com o Diego (Aguirre) estou no meio, atrás do atacante ou como segundo atacante, só tenho que fechar mais o meio, facilita bastante. E na frente, que é o que sei fazer, tenho força e energia necessárias para fazer as jogadas de ataque.

É dessa forma, acompanhado de Valdivia e Tréllez, que o meia deverá atuar na estreia do São Paulo no torneio internacional. Entre as opções ofensivas, uma não está na Argentina. Diego Souza não foi relacionado por Aguirre para o jogo de quinta-feira, mas, segundo Nenê, o companheiro lidou bem com a decisão do treinador.

– Para nenhum jogador é fácil, mas ele está realmente lidando muito bem, trabalhando. Ele acredita no trabalho dele, nós também. Ele não baixou a cabeça, sabe o que o treinador tem de tomar algumas decisões, entende, e estamos realmente juntos. Ele sabe que é importante para nós. Grupo é isso, todos tendo essa união e dando o mesmo passo para conquistar objetivos – disse.

Nenê disse também que os jogadores concentrados em Rosário enviaram uma foto do lateral-esquerdo Reinaldo sentado no sofá para Diego Souza e o zagueiro Aderllan, que também ficou na capital paulista, para que eles participassem da rotina da equipe.

– Mandamos uma foto para zoar o Kingnaldo e eles saberem que estamos sentindo falta.

Veja outras respostas de Nenê na entrevista ao Seleção SporTV:

Amadurecimento pós-Paulistão

– Chegamos um pouco mais maduros. Sabemos que precisamos melhorar, o grupo está confiante e trabalhando bem. Não vai ser fácil, a pressão aqui é muito grande, mas estamos preparados e faremos um grande jogo.

Pressão na Argentina

– Eu jogo futebol para isso. Nas horas difíceis a experiência conta muito, espero contribuir com meus companheiros. Essa pressão tem de ser uma motivação, não podemos levar para o lado negativo. Eu nasci para fazer isso, levar essa pressão para o outro lado pode fazer você jogar ainda mais. É colocar na cabeça que será um grande resultado se fizer as coisas como você acredita.

Relação com Aguirre

– Eu falo espanhol e já o conhecia. Estivemos juntos no Qatar por três ou quatro meses. Foi pouco tempo, mas como eu já o conhecia e à comissão, acredito que foi mais fácil. O que posso ajudar no dia-a-dia, com palavras ou tipos de treino. eu tento.

Duelo com argentinos

– Temos que ter foco no jogo. São armadilhas para ficarmos nervosos e sairmos do controle emocional. Esse é o grande medo. É um campeonato diferente, especial, temos de ter uma intensidade muito grande, mas com inteligência. Temos que ser frios e focar no que fazer em campo, no que foi trabalhado nos treinamentos. O essencial é o controle emocional, não entrar em provocações nem deixar acarretar em nada mais grave.

Importância da Sul-Americana

– É uma coisa muito grande, uma competição internacional. O São Paulo entra em todas as competições para ganhar, a mentalidade é focar nisso. O treinador falou sobre como a Sul-Americana, a Copa do Brasil e o Brasileiro são objetivos muito importantes. Até pelo tempo que o São Paulo não conquista títulos. A pressão aumenta cada vez mais, acreditamos que esse (Sul-Americana) é um torneio que possamos conquistar, mas passo a passo, jogo a jogo.

*fonte

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